ACTIPAIS 2010 - ESCUTEIRO POR UM DIA(?)



FICA APENAS UMA AMOSTRA DE IMAGENS. ASSIM QUE POSSIVEL COLOCAREMOS MAIS FOTOS E ALGUNS PEQUENOS VIDEOS

ACTIPAIS – pela composição da “palavra” deve depreender-se que é uma sigla para “Actividade COM os Pais”, e não PARA pais, o que altera por completo o sentido e o valor da mesma.

 

Não vou entrar em análise sobre este pormenor, porque o que interessa nos nossos corações é que, sendo uma actividade COM os Pais, tendo em pano de fundo o método e técnica escutista, a sua finalidade não foi ensinar escutismo aos Pais. Muito pelo contrário, teve como objectivo permitir a partilha entre adultos, aproximar-nos pela força da amizade, envolvendo os jovens nesse encontro.

 

Se o objectivo foi alcançado, cada um o sentirá por si. Quanto a mim, na perspectiva de Dirigente e Pai, agradeço o momento, enalteço o encontro entre estas duas entidades (Dirigentes e Pais) que não podem nunca estar de costas voltadas, pois falamos todos a mesma linguagem: a do amor incondicional pelos jovens, nossos filhos.

 

Vejamos, pois, o escutismo na perspectiva de uma mais-valia no projecto de desenvolvimento que cada família tem para os seus filhos. Por certo serão projectos diferentes entre si, mas ao embarcarem no escutismo encontrarão aqui um ponto de união – não de perfeição, porque não o somos – e de discussão/partilha, não esquecendo o mar onde navegamos – o dos valores, dos princípios e do compromisso ao outro e a Deus.

 

Esqueçamos os “louvores” (e outros que tais), como incentivo aos que os recebem (porque o incentivo não deve ser para estes), mas para os que não os receberam, para que lutem no sentido do crescimento, do louvor próprio e reconhecimento pelo outro - e só da nossa união pode nascer esta explicação aos jovens.

 

Entendamos o escutismo, ainda, como esta amostra de partilha que este fim-de-semana vivemos, como o estreito trilho que nos guia mais além, crescendo como adultos ao lado dos nossos jovens, para que o trilho cresça para estrada, onde todos possamos falar, opinar e discordar.

 

Porque unidos a um mesmo propósito (aos jovens), nós Dirigentes, apenas vos queremos mostrar (a vós Pais) como pintamos as cores nas nossas camisolas e como as tentamos ajudar a vestir nos (nossos/vossos) jovens:

 

Por vezes amarelas, como se pudéssemos fazer brilhar o sol apenas para eles, fazendo-os rir e acreditar que o impossível não existe, e que cada um sempre conseguirá vitórias, assim ele(a) se esforce, nem que seja no simples atar do atacador das botas.

 

Mais adiante vestimos as verdes, para lhes mostrar a beleza da vida em tudo e em todos, a aventura, a patrulha que é amizade, a exploração dos “nós” do dia-a-dia que tanto significado têm e nem sempre é só aquele que interpretamos. E assim, tanto nos unem como nos afastam quando não são devidamente descodificados, desatados.

 

Quando trajamos de azul, é para que as palavras que escutam no dia-a-dia, sejam elas simpáticas ou desagradáveis, lhes soem como o céu e o mar, se conseguirem elevar ao peito o conhecimento, os valores que possuem e a mensagem que devem trazer no coração – paz e serenidade, inteligência e maturidade.

 

E pintamos de vermelho, como alerta ao perigo, como chamada à coragem para viver a vida em prol do servir, sem esperar outra recompensa senão saber que faz parte do homem novo, que quer deixar o mundo um nadinha melhor do que o encontrou.

 

E de vez em quando, nós Pais, como nós Dirigentes, também temos de usar a cor negra, para evitar que tudo se torne cinzento para eles – filhos e jovens.

 
Porque acima, muito acima, do valor da simpatia está a HONESTIDADE, e esta por vezes assume os contornos da cor negra. Pois nem sempre a verdade é simpática...

Um Grande Abraço: João Oliveira