segunda-feira, 31 de outubro de 2011

DE GRUPO PIONEIROS 130 A COMUNIDADE – Um primeiro passo!



Apetece-me escrever qualquer coisa e nem sei mesmo o quê. Vem-me à mente o fim de semana, pois é sobre ele que acho que se deve escrever, uma espécie de testemunho da experiência que vivemos.
E sobressai que várias vezes falámos de “imagem”, da imagem que oferecemos aos outros e que nem sempre corresponde ao que somos na realidade, porque desvirtuamos a imagem, porque a reduzimos por humildade ou receio, ou porque a ampliamos para impressionar o outro.
Sinto a imagem do sentimento “gratidão” pelos momentos que todos vocês permitiram que partilhássemos. Foi delicioso!
Como Deliciosa foi a imagem que mostrámos uns aos outros na actividade… pareceu-me não haver nenhum de nós que se preocupasse em apresentar uma mascara e fomos genuínos.
Nas vossas palavras, e mesmo actos, leu-se a maturidade de todos e a imaturidade de alguns, as certezas das ideias e as incertezas dos passos a dar… Como tanto se tem dito, temos Grupo, mais que equipas… Já “somos um” corpo de várias personalidades.
Sócrates - PUSIA 2010
Demos o primeiro passo, e confirmámo-lo: temos estrutura humana, temos base de suporte, temos trampolim para pular mais longe. Esse salto é o novo desafio… vai ser longo, vais ser complicado e vai por à prova a nossa assertividade humana, a nossa capacidade de nos darmos, de abrirmos os braços à comunidade.
Crescemos como pessoas, aprendemos a entendermo-nos e a escutarmos as nossas diferenças, criámos um grupo onde todos são precisos e preciosos (creio que conseguimos lançar para trás das costas o ditado de que “só faz falta quem está”; é verdade, como é verdade os momentos em que pensámos nos que faltaram, mas que estavam no nosso pensamento e no coração – Sara e Cardoso e parcialmente o Pedro Micaela). Agora temos de aprender a olhar e a intervir para o que está além dos nossos horizontes, mas que precisa de mão de obra… vai demorar, não vai ser já, mas vamos começar a abrir caminho?
Esbarrámos no receio da espiritualidade, e que belo debate de 2 horas se gerou! Reparem que afinal a todos faz sentido, mesmo que sob olhares diversos, porque ser igreja, como vimos, não é carregar o peso da tradição religiosa, mas apenas sermos o que somos, na nossa singularidade e honestidade, no nosso “saber ser” um elemento do mundo… não estamos sós e por tal somos importantes, tão importantes que esse Deus, que tanto nos assusta, afinal está ao nosso lado, somos nós e é o outro… a nossa responsabilidade como humanos, seres que “cuidam” de seres!
Muitos Parabéns Pioneiros pelo percurso até hoje… e muitos parabéns III Secção pela maravilhosa actividade que nos proporcionaram!
Uma palavra de Boas Vindas aos novos elementos:
Pitágoras - Cascais 2010
Catarina – A IRREQUIETA… que poço de energia e vitalidade, “Olho nela” Daniela, tens aqui uma potencial herdeira da tua genialidade. Falta-lhe apenas o “à vontade” para soltar o que lhe vai na alma, sem receios, sem medo de se expor!
Sandro – Discreto, mas atento, trabalhando as ideias… Francisco, este é dos teus.
Elisabete – Ainda insegura mas com potencial evidente… porque inseguros todos somos um pouco.
Bruna – Senti que foi surpreendida pelo ambiente, entrando a “medo”, mas rapidamente conquistou a equipa. Solta-te que podes abrir a porta a muitos momentos de alegria.
Rita – Poucas palavras, mas muita coerência no que dizia e sobretudo pelo que não dizia. A linguagem não verbal é muito evidente e genuína em ti. Parece que este mundo (escutismo) te faz algum sentido, será o suficiente para o abarcares?
Mariana – Irreverência em pessoa… Como sabe bem o teu regresso!! Ainda temos a tua marca na nossa história, ela não se apaga! Muito sinceramente esperamos que possas decidir continuar connosco… mas sobretudo que encontres o teu sentido de caminho!
PARABÉNS:
João Oliveira

segunda-feira, 30 de maio de 2011

CAFÉ CONCERTO

OLÁ PIONEIROS:

Aqui têm mais uma missão: Divulgar esta actividade de angariação de fundos para as obras de construção do novo edificio do Centro Social e Paroquial da Bobadela e Igreja de Nª SRa. dos Remédios:

Dia 3 de junho a partir das 21h no café "O ADRO" - Bairro da Sacor.

Passem, por favor, esta informação aos vossos conhecidos, pais e demais familia, pois esta é uma obra de todos, para todos, sobretudo os mais necessitados... e quem sabe se um dia não nos calha a nós!

Sei que têm outros compromissos, igualmente importantes nesta data, mas isso não impede que deixem uma vossa marca na história desta importante estrutura, divulgando o "Café Concerto" pelo maior numero de pessoas que vos for possivel.

Também este pequeno momento de convivio é uma obra em si, voluntária, feita com o coração, partilhada pela dádiva do espectáculo que jovens, como nós, aderiram generosamente, desde o primeiro momento que os contactámos, com um enorme SIM, incondicional.

Refiro-me também ao grupo (de amigos porque de amigos se trata) que escolheram o nome de "segundas à tarde" para agora, sexta à noite, nos deliciarem com as suas vozes, musica e alegria. E se a "nossa" obra arquitectónica pouco lhes diz, porque "forasteiros", já a nossa obra humana muito sentido lhes faz porque sabem, desde há muito, trocar as vestes "forasteiras" pelo fato do Servir... na consciência perfeita, que têm, da liberdade pela escolha do seu caminho de felicidade.

MÃOS À OBRA PESSOAL


PEDALAR PARA CONSTRUIR

É sempre difícil começar um novo trilho, sobretudo quando esse “começar” reflecte uma mudança de perspectiva, da passagem de mero consumidor de actividades, para a de organizador/responsável e ao mesmo tempo consumidor.

Se até aqui tínhamos oportunidade de viver o que nos proporcionavam e avaliar de modo crítico face ao que nos despertavam os sentidos (gosto, não gosto, há que melhorar isto ou aquilo), o grupo Pioneiro viu-se pela primeira vez no papel de autor e actor do seu guião, ou seja, tiveram de vestir a capa de organizadores da actividade.

E concluiu-se que o que parece simples nem sempre o é, sobretudo quando sentimos na pele a responsabilidade das falhas. Neste contexto a avaliação muda por completo de perspectiva e já não se fala de “gostei”, “não gostei”, “há que melhorar isto” e assistiu-se a uma série de reacções primárias do ser humano, de defesa (normalíssimas) mas, que foram vividas e manifestadas de modo muito maduro, ou não tivessem vocês alcançado um nível como grupo já bastante elevado.

Refiro-me ao facto de no momento de avaliação se ter evoluído de um: “gostei muito… de quase tudo”, passando por “foi a pior actividade do ano” e a “culpa foi da chuva”, até chegarmos ao momento de viragem quando tentámos afastar de nós a responsabilidade dos erros.

Como muito bem disse o André, “a actividade é o que nós fazemos dela” e reforçado pelas palavras de alguns de vocês – “é com os erros que se aprende” – foi com um orgulho pessoal, muito grande, que senti que todos (uns mais que outros) entenderam que, sejam quais forem os condicionalismos, haja chuva ou sol, ou qualquer outro elemento alheio à nossa vontade, a responsabilidade de uma preparação eficaz é sempre nossa (grupo), desde o momento do planeamento, à definição dos recursos humanos e materiais necessários, até ao minuto da passagem do papel ao acto e até na confirmação de tudo o que foi estipulado, arrumado e definido.

Neste sentido, numa actividade destas, tornam-se por demais evidentes as diferenças individuais, que creio, não passaram despercebidas a nenhum de vós. E aqui a avaliação já não é feita por nós, mas sim por cada um vós que sentiu a ajuda que teve dos outros, que viu as diferenças de trabalho e de empenho de uns e de outros… que tem consciência daquilo que fez e de como se envolve nas actividades e na vida escutista…

Para jovens inteligentes que são, creio que todos começaram a perceber as razões de cada um, e de si mesmo: as razões que vos levam a estar no escutismo, porque sim (simplesmente) ou porque o vivem e sentem como uma filosofia de vida… não há melhores ou piores, apenas mais ou menos coragem para enfrentar os riscos e a satisfação que uma vida de partilha e de serviço ao outro acarreta.

Porque há diferenças na opção, espontânea, de ficar em campo a arrumar as coisas de todos (vejam quem lavou a loiça, vejam quem sozinho levou metade dos troncos das construções, vejam quem desmontou as construções) ou executar uma actividade mais individual, igualmente importante e prazenteira… mas não para o grupo, para o outro!

E quando trabalhamos em comunhão, para o bem comum, conseguimos cumprir horários, respeitar compromissos… sentir o verdadeiro prazer de ser felizes! 
Um abraço de respeito e admiração:
João Oliveira

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

De Pitágoras a Sócrates... Temos equipa!

Pena dos que não puderam participar neste Raid nocturno. Não vão nunca mais saber o que perderam… e não há palavras que o classifiquem ou descrevam! Não vou fazer o relato do que aconteceu, isso está na memória dos que o viveram.

Pensam que foi um Raid físico? Também foi, mas isso foi o que menos se impôs. O que aconteceu então? Nada melhor do que resumir a avaliação que todos vocês partilharam no final e que se sintetiza numas frases que li algures:

“Sabemos que é preciso caminhar. Passo a passo ir mais além. Com outros no nosso caminho o percurso é mais suave, mais fácil de percorrer, mais rico. Nós, escuteiros, gostamos de subir montanhas. Mesmo cansados é bom sentir que conseguimos. É bom olhar lá de cima e contemplar a paisagem. Se não temos aqui a montanha, podemos construir uma escada. A escada tem degraus que nos elevam. Que nos fazem subir mais alto. Olhar mais longe…”

Quem pensa que esta foi uma prova física desengane-se! Foi, mas foi mais uma prova de crescimento, a subida dos degraus da escada. Não foi pela noite, que é boa conselheira… não foi pela distância que, como o tempo, se apaga em cada passo… foi pela aventura de crescer… não apenas nesta noite, mas ao longo do percurso até ela.

Na avaliação nenhum de vós falou da distância, mas do que sentiram; nenhum de vós referiu medo, mas alegria, porque o medo desaparecia quando davam as mãos - sentido figurado, embora acredite que alguns as tenham dado – e isto é bonito, é a essência de toda a relação: dar as mãos e galgar a escada tanto como equipa, e/ou como pessoa.

São vocês jovens que estão a construir este maravilhoso grupo de PIONEIROS que ainda tem muito para andar, nós apenas os espectadores.

“O pior deste raid foi melhor que o melhor do ultimo…”; “não queres falar ainda Albino? então posso falar eu?…”; “tinha muito receio porque tinha dificuldade na orientação, mas a equipa…”; “foi brutal…”; “a nossa equipa mostra muita união…”; “não trocaria esta equipa por outra…”; e os silêncios “…”; “…”; “…” que às vezes dizem mais que as palavras. Lembram-se destas frases (mais ou menos assim ditas por vocês), e dos silêncios (…)?

Muito Obrigado Mauro pelo excelente testemunho que nos tens dado, pela linda lição de vida e crescimento com que nos tens ensinado… e muito, muito obrigado equipa Pitágoras pelo maravilhoso trabalho que têm desenvolvido. Sem o Mauro não seriam essa equipa! Daniela, definitivamente e inquestionavelmente, cada vez mais a “Boss”. Filipa, (MEPB) os bastidores são o teu palco, mesmo discreta, como é teu apanágio: completa, a autoridade, a Senhora, o farol da equipa. Tiago… enfim… um Senhor, um dos pilares onde assenta e hegemonia da equipa, simples mas tão profundo, poderoso. Fábio, o choque pela espectacular revelação que tem sido, portento e altruísta. Francisco, como tu há poucos, muito poucos mesmo, da discrição vem o espírito avassalador da tua presença, uma seta que dá paz à equipa. Da soma do quadrado dos vossos elementos, cresce ao quadrado a vossa equipa.

Sara quem diria?!! Que poço de energia (e paciência) e desabrochar de espírito escutista (sim, entre outras coisas todos lembramos que avançaste para a oração sem medos), discretamente és um motor a empurrar a equipa. Gonçalo, a Lei da equipa, a tua palavra vale ouro, é escutada e sentida pelos outros. Cuidado porque isso dá-te muita responsabilidade… e tu estás à altura! Dupla perfeita com o Pedro que representa os “Mandamentos da equipa”, do poder físico, mas sobretudo do intelectual e da sensatez, um “Boss” genuíno que prefere o “anonimato”. Albino, desta vez traído pela “lesão”, mostraste a tua coragem ao resistires até ao limite, uniste a equipa no sentimento de solidariedade. Porque tiveram a coragem de partir de um “Só sei que nada sei”, conseguiram a simplicidade de uma equipa cada vez mais completa e unida, com um trilho inesgotável pela frente.

E uma homenagem justa para os arquitectos desta actividade - como vocês disseram “poderosa” - o André, a Telma e a Cláudia (não interessa a ordem).

CANHOTAS