Como sabem entrámos no ano do 10º aniversário do Agrupamento e isto
significa uma caminho, um percurso onde gradualmente, ultrapassados e/ou
contornados os vários obstáculos, fomos agarrando uma linha orientadora que
cada um de nós deve sentir e viver à sua maneira… porque somos diferentes,
porque temos expectativas diferentes e capacidades diferentes.
No entanto e porque sendo diferentes somos todos iguais, trilhamos
estes passos de pioneiros num grupo que progressivamente ganhou corpo, harmonia
e não exagero se acrescentar espírito de união e partilha.
Mas deve levantar-se a questão em cada um: e como sinto eu o
escutismo, ou melhor o “ser Pioneiro”? Será que isto é suficiente?
Se tentarem responder conscientemente a esta questão, com o pano de
fundo daquilo que, pelo menos em teoria, sabem do escutismo, por certo vão
encontrar respostas deveras interessantes e diferentes… mas todas elas, se
honestas, sem qualquer dúvida vos obrigarão a questionar ainda mais e mais
fundo num apelo ao vosso sentir escuteiro.
Significa isto que está na hora de começarmos a viragem, sair do nosso
espaço de conforto e a mostrar o corpo que somos.
E acreditem que isto vai começar a fazer “muita mossa”… como vocês
dizem… porque vai ter de vir à superfície a nossa capacidade de sermos
responsáveis e de assumirmos compromissos com o outro, com a comunidade, aos
quais não poderemos responder apenas quando nos apetecer, mas sempre que for
necessário.
Coincidindo com os 10 anos, temos actualmente um grupo Pioneiro com um
potencial muito especial, e não haja duvida que será o inicio de uma selecção
natural dos valores individuais:
Recebemos 4 "portentos" noviços, os quais já mostram “Atitude”, responsabilidade
e consciência pelo seu papel.
Por outro lado, pela primeira vez temos um número considerável de
elementos a chegar ao final da vara e a entrar na bifurcação (caminheiros)… e
será aqui, nesta passagem, que haverá a grande selecção. Os outros, aqueles que
ainda estão num percurso intermédio, são o elo fundamental para a continuidade.
Isto vem a propósito do desafio para organizarmos o tal “colóquio”,
que em rigor deverá ser chamado de (pequena) Palestra.
Tendo sido aceite o desafio, pela primeira vez vamos abrir portas ao
exterior, e sintam a enorme responsabilidade que isto exige de cada um… e isso
significa crescer, sair da bolha em que nos encerramos e mostrar que o Pioneiro
é muito mais do que aquele jovem que anda aqui a fazer umas actividades para
proveito próprio.
Significa dar mais um passo na direcção da cidadania e da felicidade. Como dizia BP “Creio que Deus nos colocou neste mundo encantador para
sermos felizes e apreciarmos a vida. A felicidade não vem da riqueza, nem simplesmente
do êxito de uma carreira, nem dos prazeres… Contentai-vos com o que tendes e
tirai dele o maior proveito que puderdes. Vede sempre o lado melhor das coisas
e não o pior.
Mas
o melhor meio para alcançar a felicidade é contribuir para a felicidade dos
outros. Procurai deixar o mundo um pouco melhor de que o encontrastes…”
Ao
conseguirem concretizar este desafio, conseguirão sentir o efeito destas
palavras porque vão mostrar aos outros, família e não família, que afinal são
jovens que sabem assumir o compromisso de partilhar uma experiência… mas
preparem-se, porque a seguir ser-nos–à pedido mais… mesmo que não nos apeteça!
E aí não podemos falhar, pois é o nosso valor que cai por terra.
Estamos
prontos para o desafio e abrir caminhos de esperança?
UMA CANHOTA: Telma,
João e Paulo